Samir Xaud, médico especialista em Medicina Esportiva, é o novo presidente da CBF. Mas o que essa eleição tem a ver com o futuro da medicina, da saúde e da performance no Brasil? Mais do que parece.
No dia 25 de maio de 2025, Samir Xaud, médico com formação em Medicina Esportiva, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O fato tem um simbolismo que vai muito além do esporte.
Pela primeira vez, um especialista em saúde, desempenho físico e longevidade assume o comando da entidade mais poderosa do futebol brasileiro.
Isso sinaliza uma mudança cultural profunda: a ciência do movimento, da saúde preventiva e da otimização de performance não é mais acessório — é central.
Medicina Esportiva é a especialidade médica que integra saúde, ciência do exercício, controle metabólico, prevenção de lesões e otimização da performance física e mental.
Não é uma medicina restrita a atletas. Hoje, ela atende:
Praticantes de atividade física;
Pessoas que buscam emagrecimento, hipertrofia e melhora da composição corporal;
Indivíduos focados em longevidade e saúde metabólica;
Pacientes em processo de reabilitação física e recuperação funcional;
Profissionais que querem manter alta performance física e cognitiva.
O que faz um médico do esporte?
Prescreve exercício físico de forma segura e eficiente;
Gerencia sobrecarga, recuperação e controle de carga;
Atua na prevenção de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade;
Trata lesões musculoesqueléticas, ortopédicas e metabólicas relacionadas ao movimento;
Promove intervenções baseadas em fisiologia, nutrição, endocrinologia e biomecânica.
O Brasil vive uma verdadeira explosão no interesse por saúde, bem-estar e performance.
Dados que comprovam:
Mais de 40% dos brasileiros praticam atividades físicas regularmente (IBGE).
O mercado global de wellness supera US$ 5 trilhões, com alta acelerada na América Latina (Global Wellness Institute).
Clínicas de longevidade, performance, biohacking e reabilitação se multiplicam nas grandes cidades.
O que está acontecendo?
Envelhecimento populacional e busca por autonomia física;
Aumento da prevalência de doenças crônicas associadas ao sedentarismo;
Popularização de modalidades como crossfit, triatlo, corrida, musculação e treinos de alta intensidade;
Pacientes mais informados, exigentes e dispostos a investir na própria saúde preventiva.
Quando um médico do esporte assume a CBF, o recado é claro: a medicina baseada em movimento, performance e longevidade não é mais opcional — é uma competência essencial na prática médica contemporânea.
Não é sobre tratar doenças. É sobre antecipá-las.
Não é sobre curar lesões. É sobre evitá-las.
Não é só sobre atletas. É sobre qualquer pessoa que queira viver mais, melhor e com mais desempenho físico e mental.
A Medicina Esportiva é a intersecção perfeita entre saúde, bem-estar, qualidade de vida e ciência aplicada.
A eleição de Samir Xaud não é apenas um evento esportivo. É um reflexo de como a saúde, o esporte e a medicina estão cada vez mais conectados.
Médicos que compreendem a lógica da saúde preventiva, do exercício como terapêutica, do controle metabólico e da ciência do desempenho físico e cognitivo, estão mais preparados para responder às demandas da sociedade contemporânea.
O esporte é só a ponta visível de um movimento muito maior.
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