Medicina Esportiva: Expectativas de um futuro promissor
O mercado global de medicina esportiva e do estilo de vida está em constante crescimento e, segundo pesquisas, há uma previsão de que continue sua expansão nos próximos anos.
Dessa forma, a demanda por médicos do esporte tende a aumentar consideravelmente, principalmente no que diz respeito à reabilitação esportiva, medicina preventiva e otimização do desempenho atlético.
Apesar do aumento de profissionais interessados na especialização em medicina esportiva e estilo de vida, ainda há muito espaço para o crescimento no setor
A busca por um estilo de vida saudável
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada indivíduo deveria realizar pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada e 75 minutos de atividade vigorosa. No entanto, apenas seis entre dez brasileiros realizam atividades como recomendado pela OMS.
No entanto, após a pandemia do Covid-19, houve um aumento na procura por academias. Um levantamento realizado pela principal plataforma de gestão fitness do
Brasil mostrou que em 2022 ocorreu um crescimento de 18% em relação a 2019.
Essas informações demonstram que os brasileiros estão mais preocupados com a saúde, investindo na prática de atividade físicas como forma de melhorar a qualidade de vida.
Expectativas para a área da medicina esportiva
Com a conscientização da população em geral sobre um estilo de vida mais saudável, os profissionais da saúde também estão se capacitando para oferecer um atendimento personalizado para seus pacientes.
A pós-graduação em Medicina Esportiva é destinada a médicos graduados que desejam adquirir mais conhecimento na área, ainda que seu foco não seja trabalhar diretamente com atletas profissionais.
A Medicina Esportiva visa prevenir, tratar, reabilitar e melhorar a qualidade de vida e o desempenho de pessoas que praticam esportes ou exercícios físicos. Portanto, o especialista é essencial para garantir que a prática de exercícios traga benefícios para toda população.
A pós-graduação em Medicina Esportiva prepara o profissional para:
- Avaliar e acompanhar praticantes de atividades físicas e desportivas.
- Investigar a influência do exercício, do treinamento e do esporte sobre as pessoas.
- Prevenir, tratar e reabilitar.
- Recomendar hábitos.
- Avaliar riscos.
- Promover a saúde.
- Prevenir doenças.
- Recuperar e reabilitar pessoas com doenças crônicas.
Segundo estudos da Mordor Intelligence, estima-se que o mercado da medicina esportiva gira em torno de US$7,5 bilhões em 2024, com perspectiva de atingir, até 2029, um valor de US$9,11 bilhões, no que diz respeito a produtos relacionados ao setor.
No Brasil, a tendência é que o campo da medicina esportiva passe a incorporar ainda mais a tecnologia, como uso de dispositivos de monitoramento corporal para personalizar programas de treinos, relógios inteligentes e aplicativos de saúde estão se tornando cada vez mais comuns, ajudando as pessoas a acompanhar seu desempenho e a manter uma rotina de exercícios alinhada às suas necessidades.
A Medicina Esportiva com foco na prevenção
Outro aspecto fundamental é o aumento da atenção na prevenção, indo além do tratamento de lesões. A medicina esportiva deverá colaborar com áreas como nutrição, fisioterapia e psicologia esportiva, para criar um cuidado integrado, visando a saúde mental.
Essa visão holística considera o corpo e a mente trabalhando em conjunto, buscando a melhoria do bem-estar total dos indivíduos.
A conscientização da atividade física e de uma alimentação equilibrada, além da gestão do estresse está crescendo, impulsionada por iniciativas privadas e governamentais.
Permanecer atualizado na área
Atualizar-se constantemente para acompanhar as inovações no campo da medicina, tornou-se um desafio significativo, tanto para médicos experientes quanto para os recém-formados.
Entretanto, tornar-se um médico especialista não deve afastá-lo de habilidades imprescindíveis, como empatia, cuidado e olhar humanizado para paciente. Essas competências são ainda mais importantes à medida que uma população envelhece e, consequentemente, é preciso lidar com mais doenças associadas ao processo de envelhecimento.
Ao final de 2023, o Brasil contava com 564.363 médicos diplomados. Esse número deve ultrapassar 1 milhão até 2035, ou seja, são quase cinco médicos para cada mil habitantes. Diante de uma expansão tão rápida, é imperativo que os profissionais estejam muito bem preparados para enfrentar os desafios do futuro.
Diante desse cenário promissor, a procura por profissionais especializados em medicina esportiva tende a aumentar. Aqueles que buscam uma carreira nesta área devem considerar a formação contínua e o desenvolvimento de habilidades multidisciplinares para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Com um futuro brilhante pela frente, a medicina esportiva não é apenas uma escolha de carreira; é uma oportunidade de impactar positivamente a vida de atletas e entusiastas do esporte, bem como da população em geral.
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