Com as mudanças da sociedade, a importância da responsabilidade social empresarial no século XXI portanto aumentou.

Isso porque, nos últimos anos, temos testemunhado um movimento crescente e uma preocupação latente da sociedade em relação a questões éticas, de cidadania, de direitos humanos, de desenvolvimento econômico, de sustentabilidade e de inclusão social.

Dessa forma, estamos vivendo em uma era na qual a consciência coletiva está mais direcionada do que nunca para esses temas cruciais.

No cerne dessa mudança, está a valorização das pessoas como um componente fundamental desse sistema em constante transformação.

Reconhece-se que a força de trabalho, os clientes e as comunidades em que as organizações operam desempenham papéis cruciais nesse cenário.

Dessa forma, a responsabilidade social se refere às responsabilidades da organização com a sociedade e o meio ambiente.

Ela está intimamente ligada ao desenvolvimento sustentável. Para saber como isso acontece, é só continuar a leitura. 

Qual a importância da responsabilidade social empresarial no século XXI?

Na primeira metade do século XX, assistimos a uma mudança significativa na dinâmica do mercado.

As técnicas de racionalização da produção, combinadas com as inovações na fabricação de automóveis, impulsionaram um cenário fortemente voltado para os consumidores.

Entretanto, nas últimas décadas, essa tendência se inverteu. Agora, estamos diante de uma realidade em que a oferta supera a demanda. 

Nesse contexto em constante evolução, as organizações de todos os setores estão direcionando suas atenções para alcançar e exibir desempenhos notáveis nos aspectos ambientais, econômicos e sociais. 

Para alcançar isso, elas estão adotando uma abordagem proativa para gerenciar os impactos resultantes de suas atividades, de seus processos, de seus produtos e de seus serviços na sociedade em geral.

Esse esforço está em total consonância com suas políticas e seus valores em virtude desse novo paradigma organizacional.

Nesse sentido, é essencial que os empresários se mantenham na vanguarda dessa mudança de mentalidade. 

Adaptar-se a essa nova dinâmica não é apenas uma necessidade, mas também uma oportunidade.

Ao abraçar a ética, a cidadania, os direitos humanos, a sustentabilidade e a inclusão social, as empresas estão não apenas respondendo às expectativas da sociedade, mas também realmente construindo um futuro mais sólido, resiliente e orientado para o progresso conjunto.

Portanto, integrar esses princípios ao cerne das operações e da cultura corporativa não é apenas uma escolha sábia, mas uma estratégia que beneficiará tanto as organizações quanto a sociedade em geral.

Responsabilidade social empresarial é uma questão de educação e respeiro às pessoas

A responsabilidade social empresarial (RSE) envolve o compromisso das empresas de agir de maneira ética, contribuir positivamente para a sociedade e minimizar impactos negativos em suas operações. 

Educação e respeito são componentes fundamentais da responsabilidade social.

Vamos explorar essa afirmação mais detalhadamente:

1. Educação:

A educação desempenha um papel crucial na responsabilidade social empresarial. 

Ela envolve a conscientização e a compreensão das implicações sociais e ambientais das ações empresariais.

Ainda mais, as empresas que investem em programas educativos, tanto internamente para seus funcionários quanto externamente para comunidades e partes interessadas, promovem a conscientização sobre questões importantes. 

Essas questões se baseiam em conceitos de sustentabilidade, direitos humanos, diversidade e impacto ambiental.

Desse modo, a educação também está relacionada ao desenvolvimento de boas práticas e à disseminação de conhecimento. 

Com isso, garante-se que a condução das operações da empresa sejam éticas e responsáveis.

2. Respeito pelas pessoas:

O respeito pelas pessoas é uma parte essencial da responsabilidade social empresarial. 

Dessa forma, a maneira como as empresas tratam funcionários, clientes, comunidades locais e outras partes interessadas reflete seus valores éticos e seu compromisso social.

Isso envolve garantir condições de trabalho justas e seguras, tratar os funcionários com dignidade, promover a igualdade de oportunidades e respeitar os direitos humanos em todas as operações.

Além disso, o respeito pelas pessoas se estende à consideração dos impactos das atividades da empresa nas comunidades em que opera.

Esse respeito busca contribuir, de forma positiva, para o desenvolvimento local.

Em suma, a educação e o respeito são pilares fundamentais da responsabilidade social, pois contribuem para a tomada de decisões éticas e sustentáveis.

Além disso, fortalecem as relações da empresa com seus funcionários, clientes e outras partes interessadas.

As empresas que abraçam esses valores não apenas cumprem seu papel ético, mas também constroem uma base sólida para o sucesso em longo prazo.

Consequentemente, há confiança e apoio da sociedade em geral.

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Diretrizes para a responsabilidade social 

No dia 1º de novembro de 2010, foi publicada a norma internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social. O lançamento foi em Genebra, na Suíça.

No Brasil, no dia 8 de dezembro de 2010, a versão em português dessa norma foi lançada em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 

Os 7 Princípios de Responsabilidade Social, segundo a ISO 26000:

  • Responsabilização (Accountability):  Ato de se responsabilizar pelas consequências das suas ações e das suas decisões, respondendo pelos seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente.


    Com base nisso, prestar contas aos órgãos de governança e às demais partes interessadas, declarando os seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los.

  • Transparência: Fornecer às partes interessadas, de forma acessível, clara, compreensível e em prazos adequados, todas as informações sobre os fatos que possam afetá-las.

  • Comportamento ético: Agir de modo aceito como correto pela sociedade com base nos valores da honestidade, da equidade e da integridade.


    Isso deve ocorrer perante as pessoas e a natureza e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento.

  • Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir e considerar os interesses das pessoas ou os grupos que tenham um interesse nas atividades da organização ou por ela possam ser afetados, além de responder a essa demanda.

  • Respeito pelo Estado de Direito: O ponto de partida mínimo da responsabilidade social é cumprir integralmente as leis do local onde está operando.

  • Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: Adotar prescrições de tratados e acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social, mesmo que não que não haja obrigação legal.

  • Direitos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos.

    Assim, cuidar para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem.

Os 7 temas centrais da Norma de Responsabilidade Social Empresarial

A norma internacional ISO 26000 estabelece também 7 Temas Centrais a serem abordados pela organização. 

Cada tema deve ser analisado com seus stakeholders em relação à sua relevância e ao seu grau de significância, para priorizar as suas ações.

  • Governança organizacional: Trata de processos e estruturas de tomada de decisão, delegação de poder e controle.


    O tema é, ao mesmo tempo, algo sobre o qual a organização deve agir e uma forma de incorporar os princípios e as práticas da responsabilidade social à sua forma de atuação cotidiana.

  • Direitos humanos: Inclui “due diligence”, situações de risco para os direitos humanos, como evitar cumplicidade; resolução de queixas; discriminação e grupos vulneráveis; direito civis e políticos; direitos econômicos, sociais e culturais; princípios e direitos fundamentais do trabalho.

  • Práticas trabalhistas: Refere-se tanto ao emprego direto quanto ao terceirizado e ao trabalho autônomo.

    Inclui emprego e relações do trabalho; condições de trabalho e proteção social; diálogo social; saúde e segurança no trabalho; desenvolvimento humano; treinamento no local de trabalho.

  • Meio ambiente: Inclui prevenção da poluição; uso sustentável de recursos; mitigação e adaptação às mudanças climáticas; proteção do meio ambiente e da biodiversidade; restauração de habitats naturais.

  • Práticas leais de operação: Compreende práticas anticorrupção; envolvimento político responsável; concorrência leal; promoção da responsabilidade social na cadeia de valor; respeito aos direitos de propriedade.

  • Questões dos consumidores: Inclui marketing leal; informações factuais e não tendenciosas; práticas contratuais justas; proteção à saúde e à segurança do consumidor; consumo sustentável; atendimento e suporte ao consumidor; solução de reclamações e controvérsias; proteção e privacidade dos dados do consumidor; acesso a serviços essenciais; educação e conscientização.

  • Envolvimento e desenvolvimento da comunidade: Refere-se ao envolvimento da comunidade; à educação e à cultura; à geração de emprego e à capacitação; ao desenvolvimento tecnológico e ao acesso a tecnologias; à geração de riqueza e renda; à saúde; ao investimento social.

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