Em meio a tantas teorias, planejamentos e metodologias ativas, existe uma força silenciosa e essencial que sustenta todo o processo de aprendizagem na infância: o vínculo afetivo.
Na Educação Infantil, ele não é um “algo a mais” — é a base que sustenta o desenvolvimento integral da criança. O afeto promove segurança emocional, incentiva a exploração e fortalece a confiança entre educador e criança. Como diz o educador Rubem Alves, “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma, continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia do nosso afeto.”
Vínculo afetivo é a ligação emocional profunda e segura que se estabelece entre duas pessoas — no caso da Educação Infantil, entre a criança e o educador (ou cuidador). Esse vínculo se forma com a convivência empática, o acolhimento, o respeito às individualidades e a consistência no cuidado.
De acordo com a psicologia do desenvolvimento (Bowlby, Ainsworth), crianças que estabelecem vínculos seguros na primeira infância:
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o vínculo afetivo é um dos principais fatores de proteção contra atrasos no desenvolvimento e problemas emocionais no futuro.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) reconhecem o afeto como elemento estruturante das práticas pedagógicas. A BNCC afirma:
“As interações e o cuidado afetuoso contribuem decisivamente para a formação da identidade e da autonomia das crianças.” (BNCC, 2017)
Além disso, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) orienta que o professor promova interações que envolvam carinho, respeito e escuta ativa, criando um ambiente emocionalmente seguro.
Acesse os documentos:
A neurociência comprova: sem afeto, não há aprendizagem plena. O cérebro infantil, especialmente nos primeiros 3 anos, é extremamente sensível aos estímulos emocionais. Experiências afetivas positivas aumentam a liberação de ocitocina e serotonina, fortalecendo conexões neurais ligadas à memória, linguagem, empatia e autorregulação.
Estudos do Center on the Developing Child da Universidade de Harvard apontam que relacionamentos responsivos e estáveis nos primeiros anos de vida são os principais preditores de sucesso escolar e bem-estar emocional no futuro.
Na Educação Infantil, o professor é figura de referência afetiva. Cabe a ele criar um ambiente onde a criança se sinta segura, vista e valorizada. Isso acontece por meio de pequenas (mas poderosas) atitudes no cotidiano:
A Rede Pikler Brasil, que defende o cuidado respeitoso na Primeiríssima Infância, reforça que “o vínculo se fortalece no tempo de qualidade partilhado e na atenção plena ao cuidar”
O vínculo afetivo não beneficia apenas a criança — ele também humaniza e fortalece o educador. Professores que estabelecem relações afetivas positivas sentem mais propósito, satisfação e sentido no trabalho.
Além disso, o afeto cria um ambiente coletivo mais empático, colaborativo e acolhedor, onde as relações com famílias, colegas e gestores também se tornam mais saudáveis e cooperativas.
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