A relação entre atividade física e cognição tem sido amplamente estudada, especialmente em profissionais que precisam manter alta performance mental mesmo sob condições de esforço físico. Um estudo publicado no Journal of Sports Science and Medicine analisou como diferentes intensidades de exercício impactam a performance cognitiva de árbitros de futebol sub-elite, oferecendo insights relevantes para a prática da Medicina do Esporte.
O estudo avaliou 12 árbitros sub-elite, utilizando o Stroop Test para mensurar funções executivas, atenção seletiva e velocidade de resposta, antes, durante e após um protocolo de exercício baseado no teste de aptidão da FIFA. Os resultados demonstraram que, em comparação com o estado de repouso, o desempenho cognitivo melhorou significativamente tanto em níveis moderados quanto em intensidades próximas ao máximo esforço, com redução do tempo de resposta em até 4,8 segundos.
Esses achados sugerem que o exercício pode estimular mecanismos de atenção seletiva e adaptação cognitiva, permitindo que profissionais em situações de esforço mantenham ou até aprimorem suas habilidades decisórias.
Os resultados do estudo podem ser extrapolados para a prática clínica da Medicina do Esporte, especialmente para médicos que atendem atletas e pacientes em seus consultórios. Em um ambiente de atendimento clínico esportivo, o profissional precisa avaliar rapidamente tanto a condição física quanto o estado cognitivo do paciente para oferecer intervenções precisas e personalizadas.
Imagine o seguinte cenário:
Um médico do esporte, atuando em seu consultório, recebe um atleta que está em processo de reabilitação após uma lesão. Durante a avaliação, além dos tradicionais testes de força, flexibilidade e condicionamento, o profissional incorpora um protocolo leve de exercício que simula um esforço moderado – semelhante ao que foi estudado – para observar a resposta cognitiva do paciente. Essa avaliação integrada permite ao médico:
Essa abordagem integrada reforça a importância de considerar o estado cognitivo no planejamento do atendimento clínico esportivo, evidenciando que a atividade física regular pode atuar como um poderoso aliado na otimização das funções executivas essenciais para a prática esportiva.
Os achados científicos demonstram que o exercício físico, em níveis moderados a altos, pode melhorar a performance cognitiva em contextos de alta exigência. Para o médico do esporte, essa evidência reforça a importância de integrar avaliações funcionais e cognitivas no atendimento clínico, promovendo intervenções mais eficazes e seguras.
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