Com a diversidade em pauta, a Educação Inclusiva torna-se um dos temas mais recorrentes da área da educação, dada a sua necessidade de que todos tenham as mesmas oportunidades no processo de aprendizagem. Mas, como tornar o ambiente escolar mais inclusivo?
De acordo com a pesquisa “O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva”, encomendada pelo Instituto Alana ao Datafolha, 87% dos entrevistados concordam que as escolas se tornam melhores ao incluir crianças com deficiência.
O que é Educação Inclusiva?
Educação Inclusiva significa ensino para todos, incluindo pessoas com deficiência, doenças e transtornos. Ou seja, quer dizer garantir um espaço em que os estudantes possam se desenvolver inteiramente e potencializar habilidades sociais, cognitivas e emocionais, sentindo-se pertencentes àquele ambiente.
Assim, a Educação Inclusiva está diretamente ligada ao acolhimento das diferenças, em que os alunos não sofrem distinção, sendo contempladas as diversidades de gênero, étnicas, socioculturais e intelectuais, entre outras.
Muitos confundem a educação inclusiva com a Educação Especial, uma modalidade de ensino garantida por lei, oferecida para educandos com alguma deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Contudo, a educação pode também ser inclusiva para pessoas com deficiência, no momento em que elas possam ter acessibilidade plena às aulas, ou seja, com materiais adaptados, acessibilidade a todos os espaços da escola, entre outros fatores.
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5 dicas para trabalhar a educação inclusiva
1. Não agrupar estudantes de acordo com o gênero
Reforçar estereótipos de gênero é uma prática que vai contra os preceitos da educação inclusiva, já que a diferenciação parte de um princípio carregado de preconceitos e estereótipos.
Existem outras formas de fazer a divisão em classe, por exemplo, sorteios ou até mesmo utilizar a ordem alfabética; assim, reitera-se que todos os alunos são iguais, independentemente do gênero, e podem trabalhar em conjunto, desempenhando a mesma tarefa.
2. Trabalhar a conscientização contra o capacitismo
Capacitismo é o termo utilizado para designar atitudes e discursos preconceituosos em relação a pessoas com deficiência, e é algo que está enraizado na sociedade. Esse tipo de preconceito envolve uma pré-concepção sobre a capacidade de uma pessoa com deficiência, geralmente reduzindo a pessoa a essa deficiência.
Na verdade, uma deficiência é apenas uma característica, assim como a cor dos olhos ou a altura também são características de uma pessoa.
Por isso, trabalhar com os estudantes a conscientização contra o capacitismo é uma tarefa essencial quando falamos de uma educação inclusiva.
3. Promover espaços de acolhimento
É importante que os estudantes se sintam livres e acolhidos para dizer como se sentem em relação a algum acontecimento, dentro e fora de aula. Por isso, gerar ambientes favoráveis a esses momentos de conexão e empatia é essencial para uma educação inclusiva.
4. Adaptar a infraestrutura e os materiais didáticos
Adaptação das instalações e dos materiais didáticos de uma escola é um dos passos essenciais para garantir a acessibilidade plena do espaço escolar para pessoas com alguma deficiência.
Assim, todas as pessoas podem se sentir incluídas e desempenhar a autonomia no processo de ensino-aprendizagem.
5. Capacitar profissionais em temas de diversidade
Professores e professoras são os pilares de uma educação inclusiva. Assim, quando o corpo docente é bem instruído a respeito de temas que envolvem diversidade, há um entendimento melhor sobre as subjetividades de cada estudante, proporcionando uma melhor condução dos momentos em sala de aula voltados para uma educação mais inclusiva.
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