Qual a importância da brincadeira na Educação Infantil?

A infância é o tempo do brincar — e esse não é um clichê romântico. É ciência, é pedagogia, é política pública. Na Educação Infantil, a brincadeira é reconhecida como linguagem fundamental das crianças, meio pelo qual elas se expressam, aprendem, criam vínculos e constroem sentidos sobre o mundo.

Instituições como o Ministério da Educação (MEC), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF reforçam o valor inegociável do brincar para o desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo dos pequenos. Segundo a BNCC, o brincar é uma das seis práticas pedagógicas estruturantes da Educação Infantil no Brasil.

 O que as pesquisas dizem sobre brincar e desenvolvimento infantil?

Estudos da neurociência e da psicologia do desenvolvimento confirmam: crianças que brincam têm melhor desempenho escolar, mais empatia, maior criatividade e habilidades sociais mais desenvolvidas. Durante o brincar, a criança aprende a:

  • Resolver problemas;
  • Controlar impulsos;
  • Desenvolver a linguagem;
  • Exercitar a coordenação motora;
  • Construir regras e negociar com o outro.

De acordo com a UNESCO, “o brincar é a atividade central da primeira infância e deve ser valorizado como ferramenta de aprendizagem e construção de identidade”.

 O que diz a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)?

A BNCC coloca o brincar no centro da proposta pedagógica da Educação Infantil. Segundo o documento:

“As interações e brincadeiras constituem e organizam as experiências que promovem o desenvolvimento das crianças pequenas.” (BNCC, 2017)

Entre os direitos de aprendizagem assegurados às crianças, estão: “brincar, conviver, participar, explorar, expressar e conhecer-se”. Ou seja, o brincar não é um momento “extra” na rotina — ele é o currículo vivo da Educação Infantil.

Acesse a BNCC completa: https://basenacionalcomum.mec.gov.br/

Como planejar experiências de brincadeira intencionais?

Brincar não é apenas “deixar a criança livre”. O papel do educador é preparar ambientes desafiadores, garantir tempo e espaço de qualidade para o brincar, intervir quando necessário (sem interromper a autonomia) e observar os processos de aprendizagem.

Veja algumas estratégias práticas:

  • Criar cantinhos temáticos (casinha, faz de conta, blocos, natureza, sons);
  • Utilizar brinquedos não estruturados (pedaços de tecido, caixas, garrafas);
  • Promover jogos simbólicos e dramatizações;
  • Valorizar o brincar ao ar livre;
  • Registrar o brincar como parte da documentação pedagógica.

Segundo a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), “o brincar é um direito garantido pela Convenção sobre os Direitos da Criança, e deve ser assegurado como política pública”.

Brincadeira é direito, não privilégio

De acordo com o Art. 31 da Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU), ratificada pelo Brasil:

“A criança tem o direito ao descanso e ao lazer, a brincar e a participar de atividades recreativas próprias da sua idade.”

No Brasil, o Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016) também garante esse direito e orienta a formação de professores para que o brincar seja valorizado como ferramenta educativa e promotora de bem-estar.

Consulte a legislação:

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