Como Prescrever Exercícios para Pessoas com Hipertensão: Cuidados, Evidências e Protocolos Atualizados

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das condições crônicas mais prevalentes no Brasil, afetando cerca de 22,8% da população adulta, o que equivale a aproximadamente 45 milhões de pessoas . Diante desse cenário, a atuação do profissional de Educação Física na prescrição de exercícios para hipertensos é fundamental para o controle e prevenção de complicações associadas à doença.

Diretrizes Atualizadas para a Prescrição de Exercícios em Hipertensos

Conforme as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, a prática regular de exercícios físicos é recomendada como parte do tratamento não farmacológico para hipertensão. As principais orientações incluem:

  • Exercícios Aeróbicos: De intensidade moderada (40-70% do VO₂ máximo), realizados por 20 a 60 minutos, 3 a 5 vezes por semana;
  • Exercícios Resistidos: Entre 2 a 3 vezes por semana, com 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições, conduzidas até a fadiga moderada;
  • Avaliação Médica Prévia: Antes de iniciar qualquer programa de exercícios, é essencial uma avaliação médica para identificar possíveis contraindicações.

Cuidados Especiais na Prescrição para Hipertensos

  • Monitoramento da Pressão Arterial: A pressão arterial deve ser monitorada antes, durante e após o exercício. Durante a atividade, a pressão sistólica não deve ultrapassar 220 mmHg e a diastólica 105 mmHg;
  • Evitar Manobra de Valsalva: Durante exercícios resistidos, é crucial evitar a manobra de Valsalva, pois pode causar aumentos abruptos na pressão arterial;
  • Atenção a Medicamentos: Alguns medicamentos anti-hipertensivos podem influenciar a resposta ao exercício, sendo necessário ajustar a intensidade e monitorar os efeitos.

Evidências Científicas sobre os Benefícios do Exercício

Estudos demonstram que a prática regular de exercícios físicos em hipertensos resulta em:

  • Redução da Pressão Arterial: Diminuição significativa da pressão arterial sistólica e diastólica em repouso;
  • Melhora na Função Endotelial: Aumento da vasodilatação e redução da rigidez arterial;
  • Redução do Risco Cardiovascular: Diminuição da incidência de eventos cardiovasculares adversos;
  • Melhora na Qualidade de Vida: Aumento da capacidade funcional e bem-estar geral.

 Estratégias de Adesão ao Exercício

Para garantir a adesão dos hipertensos aos programas de exercício, é recomendável:

  • Educação em Saúde: Informar sobre os benefícios da atividade física e como ela contribui para o controle da pressão arterial;
  • Estabelecimento de Metas Realistas: Utilizar o Modelo Transteórico para identificar o estágio de mudança do indivíduo e definir metas alcançáveis;
  • Suporte Social: Incluir familiares e amigos no processo, promovendo um ambiente de apoio;
  • Uso de Tecnologias: Aplicativos e dispositivos de monitoramento podem auxiliar no acompanhamento e motivação.

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